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HIBRIDIZAÇÃO IN SITU

 

A hibridização in situ é uma técnica que permite a detecção de sequências específicas de DNA, ou de RNA, em um corte de tecido, ou em células, utilizando-se sequências complementares de DNA ou RNA, em fita única, marcadas, constituindo-se as “sondas,” que podem ser de DNA ou RNA clonados, ou de oligonucleotídeos sintéticos. As sondas estabelecem ligações de hidrogênio (pontes entre o átomo de hidrogênio e átomos fortemente eletronegativos, como o oxigênio, o flúor e o nitrogênio) com o DNA ou o RNA alvos, complementares, nos tecidos ou células, podendo ser visualizadas com marcadores radioativos (32P, 125I, 35S e 3H), ou não radioativos (peroxidase, biotina, digoxigenina), ou por um fluorocromo (fluoresceína, rodamina, cianina, etc) caracterizando, o último, a hibridização in situ fluorescente (FISH).

A hibridização in situ é útil na detecção de genoma viral nos tecidos, na separação dos subtipos virais e na avaliação se a infecção é latente ou produtiva. Tem sido empregada para o vírus do papiloma humano (HPV, α‑Papillomavirus, Papillomaviridae), o vírus Epstein Barr (EBV, Lymphocryptovirus, Herpesviridae), o vírus da imunodeficiência humana (HIV, Lentivirus, Retroviridae), o adenovírus (Mastadenovirus, Adenoviridae), entre outros.

É também usada na identificação e diferenciação de hifas de várias espécies de fungos nos tecidos, como os do gênero Aspergillus, dentre as hialo-hifomicoses, entre outros.

No estudo das neoplasias permite detectar RNAs mensageiros (RNAm) de peptídeos hormonais, cadeias leves de imunoglobulinas, albumina, etc, de modo a se ter certeza de serem produtos das células neoplásicas em si, e não provenientes da difusão nos fluidos teciduais.

Também é empregada no estudo de alterações genéticas em várias neoplasias, assim como em combinação com outros métodos, a saber: imuno-histoquímica, a reação em cadeia da polimerase (PCR in situ), com ouro coloidal para visualização em microscopia eletrônica, etc.

 

Referência:

Rosai, J. (ed.) - Chapter 3 - Special Techniques in Surgical Pathology. In: Rosai and Ackerman’s Surgical Pathology. Vol. 1 e 2. 10th ed. Edinburg, Mosby/Elsevier, 2011, pp. 69.

 

Abaixo, um exemplo de hibridização in situ em corte de pulmão humano, proveniente de autopsia de criança com adenovirose pulmonar.

 

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Adenovirose pulmonar humana aguda. A) Pneumócitos tipo II com alterações citopáticas (inclusões tipos roseta e borrada) típicas de adenovirose. PAMS, 400x. B) Inclusões borradas positivas para DNA de adenovírus. Hibridização in situ, 400x (In: Patologia e imunopatologia das adenoviroses pulmonares humanas aguda e crônica. Estudo imuno-histológico de componentes celulares, séricos e de matriz extracelular. Rio de Janeiro, Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, 1998, pp.96).

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