EDEMA CEREBRAL
UFRJ118.– CÉREBRO VISTO POSTERIORMENTE, COM OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS SEPARADOS, EXPONDO O CORPO CALOSO (TRONCO), QUE OS UNE, INTEGRANDO-OS. NOTE A CONGESTÃO (HIPEREMIA PASSIVA) DOS VASOS SUBARACNOIDEOS E AS CIRCUNVOLUÇÕES OU GIROS ALARGADOS, ACHATADOS, E OS SULCOS RASOS, CARACTERIZANDO O EDEMA CEREBRAL. CONSEQUENTEMENTE O CÉREBRO TEM AUMENTOS DE VOLUME E DE PESO, E, SENDO A CAIXA CRANIANA FIXA, SURGE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA, QUE SE MANIFESTA COM CEFALEIA, VÔMITOS, EDEMA DA PAPILA ÓPTICA (NERVO ÓPTICO), PERDA DA CONSCIÊNCIA, E OUTROS SINAIS E SINTOMAS SECUNDÁRIOS ÀS HÉRNIAS E À ISQUEMIA ENCEFÁLICA. O EDEMA CARACTERIZA-SE POR ACÚMULO DE LÍQUIDO EXTRACELULAR, ASSOCIADO COM TUMEFAÇÃO CELULAR. O AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR CEREBRAL, A ISQUEMIA, O AUMENTO DA PRESSÃO INTRAVENTRICULAR, A REDUÇÃO DA OSMOLARIDADE DO PLASMA, ETC, CAUSAM EDEMA CEREBRAL. O EDEMA, ALÉM DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA, FAVORECE O SURGIMENTO DE HÉRNIAS (DESLOCAMENTOS DE PARTES DO ENCÉFALO), COMO POR EXEMPLO: 1. DO GIRO DO CÍNGULO, QUE DESLOCA, PELA BORDA LIVRE DA FOICE DO CÉREBRO, O III VENTRÍCULO, O SEPTO PELÚCIDO, O TÁLAMO E O HIPOTÁLAMO, COMPRIMINDO AS ARTÉRIAS CEREBRAIS PERICALOSAS (RAMOS TERMINAIS DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS ANTERIORES), CAUSANDO INFARTO HEMORRÁGICO DO CÓRTEX FRONTOPARIETAL PARASSAGITAL, 2. DO GIRO PARA-HIPOCAMPAL (GIRO DO UNCUS) PARA A FOSSA POSTERIOR, LEVANDO À NECROSE HEMORRÁGICA DO UNCUS, E À COMPRESSÃO DO NERVO OCULOMOTOR IPSILATERAL, SURGINDO MIDRÍASE (DILATAÇÃO DA PUPILA), PTOSE PALPEBRAL E OFTALMOPLEGIA, E A COMPRESSÃO DO MESENCÉFALO, COM REDUÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, HEMIPARESIA CONTRALATERAL, E HEMIPARESIA E HEMIPLEGIA ESPÁSTICA DO MESMO LADO DA LESÃO, ALÉM DO BLOQUEIO DO AQUEDUCTO DE SYLVIUS [FRANCISCUS SYLVIUS (FRANZ DE LE BOË) (1614-1672), MÉDICO, QUÍMICO, FISIOLOGISTA E ANATOMISTA ALEMÃO], O QUE PIORA A HIPERTENSÃO INTRACRANIANA, PELO DESLOCAMENTO CAUDAL DO TRONCO ENCEFÁLICO. ISTO PROMOVE ROTURA DOS RAMOS DA ARTÉRIA BASILAR, SURGINDO HEMORRAGIA E ISQUEMIA DO MESENCÉLFALO E DA PONTE, ASSIM COMO COMPRESSÃO DA ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR DO MESMO LADO DA HÉRNIA, GERANDO ISQUEMIA E HEMORRAGIA DA FACE MEDIAL DO LOBO OCCIPITAL HOMOLATERAL, O QUE, POR SEU LADO, LESA AS RADIAÇÕES ÓPTICAS, CAUSANDO HEMIANOPSIA HOMÔNIMA CONTRALATERAL (PERDA DA VISÃO DE METADE DO CAMPO VISUAL, BILATERALMENTE, DO LADO OPOSTO AO DA LESÃO CENTRAL), 3. DAS AMÍGDALAS (TONSILAS) CEREBELARES, ATRAVÉS DO FORÂMEN MAGNO DO CRÂNIO, COMPRIMINDO O BULBO E LEVANDO À NECROSE ISQUÊMICA E HEMORRÁGICA DO PARÊNQUIMA CEREBELAR. A COMPRESSÃO DO BULBO PROMOVE DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS E CARDIOVASCULARES, COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA.