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I) ADAPTAÇÃO, LESÃO E MORTE CELULARES

 

TUMEFAÇÃO & APOPTOSE

A tumefação (degeneração hidrópica ou vacuolar) é lesão celular reversível, devido ao acúmulo de água e eletrólitos no citoplasma e nas organelas celulares, por distúrbio hidroeletrolítico, tornando-as volumosas, tumefeitas. A tumefação celular pode ser desencadeada por diferentes agentes agressores (físicos, químicos, biológicos), que levam a um aumento da concentração de sódio e redução da concentração de potássio intracelulares, com aumento da pressão osmótica intracelular, favorecendo, por seu lado, a entrada de água nas células e, consequentemente, o aumento de volume isosmótico celular, por comprometimento funcional das bombas eletrolíticas (enzimas) nas membranas celulares, responsáveis pelas concentrações diferenciadas dos eletrólitos, intra- e extracelulares. A concentração do sódio é maior no meio extracelular, enquanto a de potássio é maior no meio intracelular. O controle da concentração de potássio sendo mantida mais alta dentro da célula é importante para a síntese de proteínas e para a respiração celular, enquanto a concentração maior de sódio no meio extracelular favorece o equilíbrio osmótico.

A apoptose é um tipo de morte celular programada, processo ativo dependente de energia (ATP), desencadeado por causas fisiológicas e patológicas (físicas, químicas, biológicas), envolvendo a ativação sequencial de enzimas (proteases) intracitoplasmáticas, especialmente as caspases (cystein asparagil specific proteases). Como consequência ocorrem a redução do volume celular, a fragmentação e a condensação de seus constituintes, que são envoltos por membranas, formando os corpos apoptóticos, os quais são fagocitados pelas células parenquimais próximas ou por macrófagos. Não há autólise, nem reação inflamatória. Ocorre em células isoladas ou em pequeno grupo de células. Por vezes, as células apoptóticas podem permanecer somente com o volume reduzido, por condensações do citoplasma e do núcleo, sem a fragmentação em corpos apoptóticos.

 

LÂMINA 6.38 – FÍGADO. TUMEFAÇÃO (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) E APOPTOSE DE HEPATÓCITOS. COLORAÇÃO: HEMATOXILINA & EOSINA.

 

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UFRJ 6.38.1. FÍGADO: TUMEFAÇÃO. OBSERVE, À DIREITA, ESPAÇO-PORTA COM INFILTRADO LINFOCITÁRIO E, À ESQUERDA, VEIA CENTROLOBULAR. NOS LÓBULOS NOTE QUE, EM GERAL, OS HEPATÓCITOS ENCONTRAM-SE TUMEFEITOS E OS SINUSÓIDES COLABADOS. H&E. PEQUENO AUMENTO.

 

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UFRJ 6.38.2. FÍGADO: TUMEFAÇÃO. APOPTOSE. NOTE QUE OS HEPATÓCITOS ESTÃO TUMEFEITOS (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) E OS SINUSÓIDES COLABADOS. PRÓXIMO AO CENTRO, OBSERVE HEPATÓCITO EM APOPTOSE (CORPO ARREDONDADO, CONDENSADO E EOSINOFÍLICO). H&E. MÉDIO AUMENTO.

 

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UFRJ 6.38.3. FÍGADO: TUMEFAÇÃO. APOPTOSE. NOTE OS HEPATÓCITOS TUMEFEITOS (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) E OS SINUSÓIDES COLABADOS. NO CENTRO, OBSERVE HEPATÓCITO APOPTÓTICO E, EMBAIXO, ESPAÇO-PORTA COM INFILTRADO INFLAMATÓRIO. H&E. GRANDE AUMENTO.

 

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UFRJ 6.38.4. FÍGADO: TUMEFAÇÃO. APOPTOSE. NOTE OS HEPATÓCITOS TUMEFEITOS (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) E OS SINUSÓIDES COLABADOS. OBSERVE O ESPAÇO-PORTA COM INFILTRADO LINFOCITÁRIO. NOTE HEPATÓCITO APOPTÓTICO PRÓXIMO AO ESPAÇO-PORTA, EM CIMA. H&E. GRANDE AUMENTO.

 

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UFRJ 6.38.5. FÍGADO: TUMEFAÇÃO. APOPTOSE. OBSERVE OS HEPATÓCITOS COM TUMEFAÇÃO (DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA) E OS SINUSÓIDES COLABADOS E ASSOCIADOS COM ALGUMAS CÉLULAS DE KUPFFER (COM NÚCLEO HIPERCROMÁTICO E ALONGADO). NOTE, À DIREITA, EMBAIXO, HEPATÓCITO APOPTÓTICO. H&E. GRANDE AUMENTO.

UFRJ Graduação - Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina
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