ESTUDOS EM PATOLOGIA

Algumas Orientações para os Estudos em Patologia

"Ninguém pode instruir-vos sem vós."

"Ensino algum será bem sucedido, se quem o recebe for negligente."

Antonin-Dalmace Sertillanges, O.P. (1863-1948)

 "As virtudes são adquiridas pelos bons hábitos repetidos."

"A única forma de se vencer na vida, e nos estudos, é vencer a si mesmo, com confiança, com determinação e perseverança, em todas as circunstâncias, mesmo que sejam necessários 'sangue, suor e lágrimas'!"

1. Os melhores professores são sempre os autores dos livros apontados, como referências de estudo da disciplina, e os de outras fontes indicadas. O aprendizado verdadeiro só ocorre se o aluno ou aluna for ativo, indo buscar as respostas de suas dúvidas nas leituras dos livros, em artigos científicos, ou outras fontes, como os portais indicados na internet, etc. É descobrindo as respostas diante de uma dúvida ou problema, que realmente se aprende. Assim será a vida profissional.

2. A finalidade de uma aula expositiva, teórica, é dar uma visão geral de um tema a ser aprofundado, por cada discente, nas leituras dos livros e em outras fontes. Nenhuma aula aborda tudo o que um discente (aluno ou aluna) deve saber, deve estudar. Os objetivos gerais e específicos do curso dão as orientações para se construir, ordenadamente, o próprio aprendizado, que deve ser confrontado, correlacionado, com o vivido, nas aulas práticas de macroscopia e de microscopia, nas enfermarias, nos ambulatórios, nos centros cirúrgicos, etc. As aulas teóricas são  importantes meios de aprendizado ativo, porque nenhum discente que fique passivo, sem prestar atenção ou sem participar da aula, confrontando o que estudou previamente com o abordado nas aulas, conseguirá ser produtivo, eficiente, na aquisição dos novos conhecimentos. Conclusão: não existe aprendizado passivo, sem esforço, sem dedicação, sem sacrifícios!

3. Para aprender é preciso ler, reler, pensar, meditar no lido, associar, correlacionar o aprendido com os problemas vividos nas práticas no dia a dia, e fazer resumos, apontamentos, do essencial, do mais importante, segundo os objetivos gerais e específicos da disciplina, disponibilizados no formato de um Estudo Dirigido. Assim, esses objetivos convêm serem respondidos, de modo sucinto, pois a capacidade de se responder com objetividade, o mais importante, demonstra uma real compreensão, um real aprendizado. Cada pergunta a ser respondida serve de autoavaliação do que se conseguiu conhecer, aprender, compreender, de cada tópico em Patologia Geral lido, meditado e correlacionado. Em suma, para aprender são necessários: ver, ouvir, ler, pensar, fazer anotações, e falar! Ou seja, assitir aulas, ouvindo-as com atenção e fazendo anotações. Ler os textos, pensando no que lê e fazendo resumos do essencial. Falar para si mesmo o aprendido de modo sucinto.

4. É necessário saber a etimologia das palavras técnicas, a origem delas, como por exemplo, porque uma neoplasia benigna de musculatura estriada chama-se "rabdomioma?" Saber o significado dos nomes, das palavras técnicas, muito ajuda no aprendizado de modo dinâmico, inteligente, para não esquecer.

5. Reforçando: aprender não é decorar. É saber dizer o essencial, o mais importante, do que foi lido num parágrafo ou capítulo do livro-texto; é saber o porquê de um dado termo técnico novo. Dito de outro modo, é ser capaz de fazer uma síntese (resumo) do que foi lido. É por meio da associação de idéias, tirando-se novas conclusões e fazendo-se novas perguntas em relação com o assunto que se estuda, é que se aprende de modo ativo, dinâmico, adquirindo-se um real entendimento. É importante correlacionar os estudos teóricos com as imagens de macroscopia (museu de patologia) e microscopia (histopatologia geral) presentes neste portal, assim como visitar os outros portais indicados na internet, de modo a se ver outras imagens e se ler outros textos sobre os assuntos abordados em aula e lidos nos livros, pois quanto mais se fazem estes intercâmbios de conhecimentos, em fontes diversas, melhor se aprende, se compreende, e se universalizam os conceitos em Patologia Geral, diante dos órgãos e tecidos específicos.

6. As anotações, apontamentos, em sala de aula, devem ser esquemáticos e completados em casa, após a leitura do texto nas referências bibliográficas e nos portais indicados. O ideal é o discente ir para  aula, após ter lido o assunto da mesma, e utilizar a aula teórica para sedimentar os novos conceitos, tirar dúvidas, etc.

7. O professor não deve passar para os discentes a aula projetada em sala, justamente para obrigá-los a saírem da passividade e se tornarem ativos no aprendizado, construindo cada um o seu saber, cujo aprofundamento é ilimitado, por depender do interesse e do esforço próprios.

8. Cada aluno ou aluna tem dificuldades diferentes no aprendizado, que dependem dos conhecimentos adquiridos em disciplinas prévias, pré-requisitos, que devem ser revistas ou aprendidas, quando se depara com uma nova disciplina, que exige tais conhecimentos. Não é a finalidade, o objetivo, do ensino de "Patologia Geral" ou de "Patologia Especial," fazer revisão sobre o normal estudado nas disciplinas de Anatomia, Histologia, Citologia, Embriologia, Fisiologia, Genética, Bioquímica, Imunologia, etc, pois tais conhecimentos já devem ter sido adquiridos previamente, de modo a poderem ser revistos, quando necessários. Assim, muitas das dificuldades em se acompanhar o estudo de "Patologia Geral" ou de "Patologia Especial," decorre da deficiência no aprendizado das disciplinas citadas, ou outras. Quando, na leitura de um assunto novo, percebe-se que um conhecimento específico, não aprendido adequadamente ou esquecido, é necessário, deve-se ir atrás deste conhecimento para que o assunto novo seja, de fato, compreendido para ser efetivamente aprendido. Para referências de portais para revisões e estudos em Patologia, clique aqui.

9. O ensino da Patologia Geral ou da Patologia Especial tem como referência o vivenciado na clínica médica sendo, assim, essencial para a compreensão correta das alterações patológicas que explicam os sinais e sintomas, as síndromes, as alterações morfológicas e funcionais dos órgãos e tecidos dos sistemas do corpo humano. Consequentemente, o estudo da Patologia é essencial para se compreender a causa (etiologia = estudo das causas), a patogenia (processo ou mecanismo de ação), a fisiopatologia (alterações funcionais) e as alterações morfológicas (moleculares, subcelulares, celulares, histológicas e anatomopatológicas), que explicam os sinais (o que é detectável pelos sentidos, ou pode ser medido, ou seja, é objetivo) e os sintomas (o que se sente, ou seja, é subjetivo) das enfermidades e das síndromes (conjunto de sinais e sintomas que definem uma ou várias doenças, com etiologias diversas), a serem correlacionados com os exames de imagem, os exames laboratoriais clínicos (Patologia Clínica, Análises Clínicas) e com a história clínica dos pacientes (queixa principal, histórias da doença atual, patológica pregressa, familiar e psicológica, grau de instrução, profissão, condições de moradia, exame físico, etc), para ser chegar aos diagnósticos das doenças e serem definidos os tratamentos clínico e, ou cirúrgico adequados, assim como as medidas profilácticas, preventivas, a serem empregadas para cada paciente.

10. Para que o estudo ocorra com eficiência é necessário fazer-se uma grade horária semanal das diferentes disciplinas, com a distribuição de cada uma pelos dias da semana, de modo a se colocar ordem no estudo de cada uma ao longo dos dias. Sem ordenamento e perseverança não há sucesso no aprendizado. É necessário estudar diariamente por, pelo menos, 2 a 3 horas!

11. Sobre o Trabalho do Médico Patologista, clique aqui.

12. Sobre os Métodos de Estudo mais comuns em Patologia, clique aqui.

13. Sobre as Anotações Teóricas em Patologia Geral, clique aqui. Estas anotações devem ser aprofundadas com as leituras dos livros-textos e de outras fontes indicadas nos objetivos gerais e específicos.

Referências para Aprofundar os Estudos em Patologia

1. Brasileiro Filho, G. – Bogliolo Patologia Geral; 6^a ed.; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.pdf

2. Brasileiro Filho, G. - Bogliolo Patologia, 10^a ed.; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2021. (9^aed.pdf)

3. Harsh-Mohan-Textbook-of-Pathology-6th edition.pdf

4. Kumar, V.; Abbas, A.K. & Aster, J.C. - Robbins - Basic Pathology; 10th ed., Philadelphia: Elsevier; 2017.pdf

5. Kumar, V.; Abbas, A.K. & Aster, J.C. - Robbins & Cotran Pathologic Basis of Disease; 10th ed.; Philadelphia: Elsevier; 2021.pdf 

6. Kumar, V.; Abbas, A.K.; Aster, J.C. & Deyrup, A. - Robbins Essencial Pathology; Philadelphia: Elsevier; 2021.pdf

7. Kumar, V.; Abbas, A.K. & Aster, J.C. – Robbins & Cotran Patologia – Bases Patológicas das Doenças; 9^a ed.; São Paulo; Elsevier; 2016.

8. Livro de Patologia Geral - SBP (2022)

Manuais Básicos (Universidade Federal de Santa Catarina)

Bioquímica

Biologia-Celular

Biofísica-Aplicada-às-Ciências-Biológicas

Tópicos-em-Biosseguranca

Química-para-Ciências-Biológicas

Citogenética

Genética-Molecular

Fisiologia-Humana

Matemática-Elementar-para-Biocientistas

Didática

Referências sobre Anatomia e Histologia e Embriologia

Küehnel, W. - Color Atlas of Cytology, Histology and Microscopic Anatomy. Stuttgart, New York: Thieme; 2003.pdf

Mescher, A - Junqueira’s Basic Histology: Text and Atlas, 15th Edition, 2018.pdf

Referências sobre como Ler Livros e Estudar com Eficiência

Adler, M. & Doren, C.V. - Como Ler Livros. O Guia Clássico para a Leitura Inteligente; 1^a  ed.; São Paulo: É Realizações; 2010.pdf

Castro, C.M. - Você Sabe Estudar? Quem Sabe, Estuda Menos e Aprende; 1^a ed.; Porto Alegre: Penso; 2015.pdf

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