VI) REPARO POR CICATRIZAÇÃO
O processo de reparo está intimamente relacionado com a reação inflamatória, sem a qual não ocorre. Pode ser por cicatrização, com a formação de tecido conjuntivo com fibrose, ou por regeneração, quando a estrutura lesada é recuperada, sem sequelas, sem fibrose. O "tecido de granulação" é constituído por vasos capilares sanguíneos neoformados, tecido conjuntivo propriamente dito e leucócitos. Não deve ser confundido com reação inflamatória crônica granulomatosa. Abaixo selecionaram-se algumas fotomicrografias de coração e de vesícula biliar com tecido de granulação e fibrose.
CICATRIZAÇÃO. TECIDO DE GRANULAÇÃO. FIBROSE
LÂMINAS 2.15-11.12.13 e 14 CORAÇÃO. INFATO DO MIOCÁRDIO. REPARO POR CICATRIZAÇÃO.
TECIDO DE GRANULAÇÃO. FIBROSE.
COLORAÇÃO: HEMATOXILINA E EOSINA.
UFRJ 2.15.11 CORAÇÃO: INFARTO. REPARO. À ESQUERDA, NOTE O TECIDO DE GRANULAÇÃO (INÍCIO DO REPARO), COM VASOS CAPILARES CONGESTOS, LEUCÓCITOS, MACRÓFAGOS COM PIGMENTO ACASTANHADO E FIBROBLASTOS, QUE SUBSTITUI ÁREA DO MIOCÁRDIO, QUE SOFREU NECROSE ISQUÊMICA. OBSERVE, À DIREITA, FIBRAS MUSCULARES PRESERVADAS. H&E. MÉDIO AUMENTO.
UFRJ 2.15.12. CORAÇÃO: INFARTO AGUDO. REPARO. À ESQUERDA, EMBAIXO, NOTE AS FIBRAS MUSCULARES COM NECROSE DE COAGULAÇÃO, COM CITOPLASMA FORTEMENTE EOSINOFÍLICO E SEM ESTRIAÇÃO E NÚCLEO. À DIREITA, OBSERVE ÁREA DO MIOCÁRDIO PREVIAMENTE NECROSADA E SUBSTITUIDA POR TECIDO DE GRANULAÇÃO (INÍCIO DO REPARO) COM VASOS CONGESTOS. EM CIMA, NOTE AS FIBRAS MUSCULARES PÁLIDAS E COM TUMEFAÇÃO. H&E. MÉDIO AUMENTO.
UFRJ 2.15.13. CORAÇÃO: INFARTO AGUDO. REPARO. NOTE, À ESQUERDA, MIOCÁRDIO COM NECROSE DE COAGULAÇÃO. O RESTANTE É CARACTERIZADO POR TECIDO DE GRANULAÇÃO (INÍCIO DO REPARO), CONSTITUIDO POR VASOS NEOFORMADOS, LEUCÓCITOS, MACRÓFAGOS E FIBROBLASTOS, QUE SUBSTITUI ÁREA DO MIOCÁRDIO PREVIAMENTE NECROSADA. H&E. MÉDIO AUMENTO.
UFRJ 2.15.14. CORAÇÃO: INFARTO. REPARO. DETALHE DO TECIDO DE GRANULAÇÃO (INÍCIO DO REPARO) QUE SUBSTITUI ÁREA DE MIOCÁRDIO QUE SOFREU NECROSE DE COAGULAÇÃO. NOTE OS VASOS CAPILARES, OS LINFÓCITOS, OS MACRÓFAGOS COM PIGMENTO ACASTANHADO NO CITOPLASMA, E OS FIBROBLASTOS, ALÉM DO ASPECTO FROUXO DEVIDO AO EDEMA. H&E. GRANDE AUMENTO.
UFRJ 2.15.15. CORAÇÃO: INFARTO. REPARO. OBSERVE, NO CENTRO, TECIDO DE GRANULAÇÃO QUE SUBSTITUI ÁREA DO MIOCÁRDIO QUE SOFREU NECROSE DE COAGULAÇÃO, A QUAL É DELIMITADA POR FIBRAS MUSCULARES PRESERVADAS. H&E. MÉDIO AUMENTO.
LÂMINA 13.24-5.9.11.13.15.17.18.19 - VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA COM ULCERAÇÃO. REPARO. TECIDO DE GRANULAÇÃO. FIBROSE. COLORAÇÃO: HEMATOXILINA E EOSINA.
UFRJ 13.24.5 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA ULCERADA. NOTE, À ESQUERDA, ÁREA DE ULCERAÇÃO, COM VASOS NEOFORMADOS E ACENTUADO INFILTRADO INFLAMATÓRIO (TECIDO DE GRANULAÇÃO). À DIREITA, OBSERVE PARTE DA MUCOSA PRESERVADA E O INFILTRADO INFLAMATÓRIO NO CÓRION, NA MUSCULAR E NA ADVENTÍCIA. H&E, PEQUENO AUMENTO.
UFRJ 13.24.9 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA. ÁREA DE ULCERAÇÃO. TECIDO DE GRANULAÇÃO. NOTE, EM CIMA, MATERIAL FIBRINONECRÓTICO EOSINOFÍLICO (RÓSEO) E, NO RESTANTE, O TECIDO DE GRANULAÇÃO COM VASOS CAPILARES SANGUÍNEOS NEOFORMADOS, COM CÉLULAS ENDOTELIAIS BEM EVIDENTES, E ESTROMA CONJUNTIVO FROUXO, COM ACENTUADO INFILTRADO INFLAMATÓRIO MONONUCLEAR. H&E, MÉDIO AUMENTO.
UFRJ 13.24.11 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA. DETALHE DO TECIDO DE GRANULAÇÃO DA ÁREA ULCERADA. NOTE, NA SUPERFÍCIE, MATERIAL FIBRINÓIDE AMORFO EOSINOFÍLICO E, EMBAIXO, TECIDO DE GRANULAÇÃO CARACTERIZADO POR VASOS CAPILARES SANGUÍNEOS NEOFORMADOS, COM ENDOTÉLIO BEM EVIDENTE, EM MEIO A ESTROMA CONJUNTIVO FROUXO (EDEMACIADO), COM INFILTRADO INFLAMATÓRIO PREDOMINANTEMENTE MONONUCLEAR. H&E, GRANDE AUMENTO.
UFRJ 13.24.13 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA, DETALHE DE TECIDO DE GRANULAÇÃO. NOTE OS VASOS CAPILARES SANGUÍNEOS NEOFORMADOS, COM ENDOTÉLIO PROEMINENTE, E O ESTROMA CONJUNTIVO FROUXO (EDEMACIADO), COM INFILTRADO DE LINFÓCITOS, PLASMÓCITOS, ESPARSOS EOSINÓFILOS, E MACRÓFAGOS COM PIGMENTO ACASTANHADO NO CITOPLASMA. H&E, GRANDE AUMENTO.
UFRJ 13.24.15 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA ULCERADA. DETALHE DO TECIDO DE GRANULAÇÃO. NOTE OS VASOS CAPILARES SANGUÍNEOS NEOFORMADOS, OS FIBROBLASTOS, E O INFILTRADO INFLAMATÓRIO COM LINFÓCITOS E FREQUENTES EOSINÓFILOS. H&E, GRANDE AUMENTO.
UFRJ 13.24.17 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA. DETALHE DE ÁREA PROFUNDA DA ULCERAÇÃO, COM TECIDO DE GRANULAÇÃO FROUXO, EDEMACIADO, EM CONTINUIDADE COM ÁREA DE FIBROSE. NOTE OS VASOS CAPILARES SANGUÍNEOS NEOFORMADOS, O INFILTRADO INFLAMATÓRIO COM LINFÓCITOS E MACRÓFAGOS (COM PIGMENTO ACASTANHADO NO CITOPLASMA (HEMOSSIDERINA OU BILIRRUBINA)). OBSERVE A ÁREA FIBRÓTICA COM FIBROBLASTOS (SETA) E COMPONENTES DA MATRIZ EXTRACELULAR (FIBRAS COLÁGENAS E OUTROS). H&E, GRANDE AUMENTO.
UFRJ 13.24.18 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA. FIBROSE PARIETAL. NOTE A DEPOSIÇÃO DE COMPONENTES DA MATRIZ EXTRACELULAR (FIBRAS COLÁGENAS EOSINOFÍLICAS E OUTROS), OS FIBROBLASTOS (SETA) DE PERMEIO, OS VASOS NEOFORMADOS REMANESCENTES E O INFILTRADO INFLAMATÓRIO MONONUCLEAR. H&E, PEQUENO AUMENTO.
UFRJ 13.24.19 VESÍCULA BILIAR. COLECISTITE CRÔNICA. DETALHE DA FIBROSE PARIETAL. NOTE OS FIBROBLASTOS. SÃO CÉLULAS COM NÚCLEO BASOFÍLICO CLARO, ALONGADO, E CITOPLASMA EOSINOFÍLICO, ALONGADO, COM LIMITES IMPRECISOS. DE PERMEIO, OBSERVE AS FIBRAS COLÁGENAS EOSINOFÍLICAS, E ALGUNS LINFÓCITOS. H&E, GRANDE AUMENTO.